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Sexta, 02 Outubro 2020 16:10

Auditor do TCE/MT ameniza aflições de colegas com poemas durante quarentena

Em tempos de isolamento, a poesia não somente pode servir como consolo, mas pode também ensinar uma empatia para nos tirar desta crise. Portanto, é de se esperar que, nesse momento, como o que vivemos durante a pandemia do novo coronavírus, a poesia surja como uma forma de “bálsamo espiritual”, um refúgio para amenizar as aflições pessoais e até mesmo de quem está a sua volta.

É o que tem feito o auditor do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, Vitor Pinho, que, entre um trabalho e outro, rabisca em poucos papéis palavras de acalento, que soam como vento em meio à tempestade. 

Para os colegas de TCE MT, é um presente poder desfrutar de um talento como esse, em tempos difíceis, num contexto de tanta tristeza e luta.

“Aos poucos fomos descobrindo esse lado artístico do Pinho. Somos agraciados por esse dom quando mais precisamos. No meio do corre-corre do dia a dia, dos problemas, paramos para ler aqueles belíssimos poemas que realmente nos emocionam”, relata Carlos Pereira, também auditor do TCE/MT e presidente da Associação dos Auditores Públicos Externos do Estado (AUDIPE).

Pinho declara que o principal componente da poesia é a inspiração e o sentimento. “Eu encontro no dia a dia as palavras e rimas a paz e o equilíbrio que preciso para enfrentar o mundo lá fora. Quando eu menos espero, já estou com a ideia na cabeça e o lápis na mão”, disse ele, acrescentando ainda que “a poesia é uma forma de expressar um monte de coisa do coração em umas pequenas linhas, pra conquistar um só coração, uma só pessoa. É também uma forma de se sentir feliz, preenchido, de fazer parte da vida de alguém que você admira e quer bem”.

Pinho fala sobre um dos poemas escritos durante a quarentena, “O Sol do Sertão”. ” É uma mensagem do sertanejo pra nós. No sertão não se chora, do pouco se comemora”, finalizou.

O Sol do Sertão

Vem mais um dia

Que desafia

Mas é da vida, é do sertão

Ainda cedo

Espio sem medo

Sair o escuro, vir o clarão

Café já cheira

Tá na chaleira

Maria, traz aqui

Que é pra “mode” eu ir

Roçar a macaxeira

Os “menino” vão pra escola

Estudar pra ser “doutô”

E deixar de sentir a dor

Que eu sinto de não saber ler

A manhã passou

Meio-dia é boa hora

Sombra do cajueiro agora

Quintal de casa, pegar o de comer

A tarde é mais comprida

Sofrida, o Sol mais castiga

A água de beber é pouca

No açude, na boca

Não tem mais gado

Só tem o arado

E a lembrança

Dos dias de criança

Mas no sertão não se chora

Do pouco se comemora

Afinal, a noite vem vindo

O calor não se vai

Mas não tem o Sol tinindo

Rede armada, o sono chega

Antes de deitar, peço chuva, em segredo

Pra carregar todo esse meu medo

De que nunca se acabe essa horrenda seca

Vem mais um dia

Que desafia

Mas é da vida, é do sertão

Autor: Vitor Pinho

 
 
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